...acho que foi por receio. Receio de passar por todos aqueles fatídicos sentimentos, novamente... aqueles que eu já deveria estar esperando, bem como, preparado para enfrentá-los.
Não adianta escrever que vai ser diferente, está mais que visível. Então, é aqui que minhas defesas deveriam aparecer. Era aqui que eu deveria ter aprendido alguma coisa...
Acredito até que certas posturas assumidas tenham sofrido influência dessa espécie de defesa. A defesa através do engano, da incredulidade; uma tentativa furada do meu próprio inconsciente dizendo que não queria chegar nesse ponto... não agora, não dessa maneira, não dessa vez. Mas, como disse, não funcionou.
Às vezes, o que é leve demais, escapa e atinge distâncias inimagináveis... Mas, o que é leve de um lado, pode pesar muito do outro. Não é intencional, deixa-se cair ao acaso, deixa-se cair por não ter mais meios que o carregue e, assim, fica pelo caminho, perdido e cego, martelado no chão por passos apressados.
O cansaço do corpo reflete o do interior. Só por isso, preciso de uma filosofia que me ajude a viver na indiferença.